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Tuesday, November 28, 2006

aos amigos invisíveis

há os ratos de biblioteca
e há os gatos de biblioteca

Vivo rodeada de amigos. Não são muitos, mas estão presentes, por isso os meus amigos são eles mais a sombra deles... e assim cada um vale o dobro. Tenho amigos-pessoas, daqueles que de longe me acenam com saudades, desafios, cumplicidades ou sorrisos (ou isso tudo :-)). Tenho amigos-animais, que me ensinam a ciência das esperas e a beleza dos gestos. Tenho amigos-livros que me surgem com frases tão oportunas que chego a acreditar que se escrevem a eles próprios para me trazer um recado especial. E ultimamente tenho deparado com outro tipo de amigos, seres invisíveis para quem eu sou palavras e sombra. Misteriosamente, além da matéria e das matérias, entendemo-nos nas intenções. Descubro assim que as palavras sem rosto, as palavras como suspiros, desabafos, afagos aproximam outras palavras-desabafos-suspiros-afagos. E nessa atracção de palavras se pode começar a construir a pessoa, como num milagre... Como as partículas que se agregam, os puzzles que se encaixam, as palavras que se completam.

E o milagre torna-se palpável quando se recebem presentes desses seres sonhados e que nos sonham. A imagem que hoje ilustra o dia foi um presente desses


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