Wednesday, May 24, 2006
Centrar a vida

Às vezes as coisas realmente importantes, o que preenche a definição de bom, de belo, de fundamental, encontra-se nas margens do que nos querem fazer acreditar que é a vida.
O que realmente importa às vezes é tão marginal que só mais um bocadinho e já não cabe na imagem que aquecemos no nosso coração. Ou então está tão escondido que não o captamos ao primeiro olhar ou tomamos a parte pelo todo e fazemos uma leitura diferente da incompleta visão que temos das coisas.
É precisa atenção para se viver. Estar vivo requer a certeza de que os olhos não são os únicos projectos de mapa para reconhecer o caminho. Depois de ver, há que procurar bem em todo o lado. E se possível facilitar as coisas: redefinir as margens, centrar a vida.